Você já ouviu falar de Arquitetura Orgânica? O tema ganhou notoriedade nos últimos anos, principalmente, com o avanço dos debates acerca da conscientização ambiental, desenvolvimento sustentável e a necessidade da preservação dos recursos naturais.

 

E não podia ser diferente no segmento de construção, em especial, com a arquitetura.

 

O conceito de organicismo nasceu em meados do século XX, com o arquiteto norte-americano Frank Lloyd Wright. De acordo com ele, seria possível projetar uma estrutura com total interação do meio ambiente com o ser humano.

 

Hoje, a Arquitetura Orgânica é bem vista em todo o mundo. Mas, se você ainda não conhece essa tendência, continue com a gente até o final para saber mais sobre o assunto.

Arquitetura Orgânica: o que é e quais os principais conceitos?

A Arquitetura Orgânica nasceu da convicção de Wright de que seria possível estruturar um local de grande interação humana com a natureza, em um conceito que preza pelo bem-estar, sem impactar o meio ambiente de forma negativa.

 

De acordo com o arquiteto, as construções deveriam ser pensadas para influenciar e atender todas as necessidades das pessoas que ali residem, tornando o ambiente um organismo vivo.

 

Esse tipo de arquitetura visa quebrar padrões estabelecidos pela corrente racionalista do século passado, por conta disso, ao invés da instalação de inúmeros componentes sem levar em conta a natureza, o organicismo faz justamente o contrário.

 

Para Frank Lloyd Wright, a Arquitetura Orgânica tinha 6 pontos principais:

 

  1. Continuidade;
  2. Simplicidade;
  3. Plasticidade;
  4. Integridade;
  5. Gramática;
  6. Natureza dos materiais.

 

Ou seja, mesmo no uso de um purgador eletrônico, para a retirada de condensados em reservatórios, resfriadores e em redes de ar, toda a sua instalação e aplicação seria pensada no bem-estar humano e na preservação do meio ambiente.

 

Uma das representantes mais notáveis desse tipo de arquitetura é a “Casa de Cascata”, criada pelo próprio Wright, que é uma estrutura completamente sustável, caracterizada pela sua queda de água, em conjunto com vegetação e outros elementos naturais.

Mas, como aplicar a Arquitetura Orgânica em um projeto?

Se pararmos para pensar todo processo de construção impacta o meio ambiente de alguma forma. O próprio uso de uma empilhadeira trilateral, por exemplo, pode ajudar o ecossistema quando utilizada por uma empresa especialista nessa ferramenta.

 

Na Arquitetura Orgânica, a intenção é justamente equilibrar o impacto com a preservação do meio ambiente. Ou seja, é promover o desenvolvimento sustentável na obra arquitetônica.

 

Desse modo, pode-se usar até mesmo um medidor de espessura de tinta para saber se o revestimento é mais, ou é menos tóxico, bem como os impactos da tinta no meio ambiente.

 

Com base nas 6 características da Arquitetura Orgânica estabelecidas por Wright, podemos aplicar o conceito da seguinte forma:

1 – Continuidade

Visa a elaboração de uma planta contínua (continuidade espacial), onde não há interrupções entre os espaços da construção. 

 

Quer dizer que não existem cômodos, limitados pelas paredes.

 

Também busca a integração entre os elementos estéticos e estruturais do local, para a formação de uma unidade indivisível (continuidade física). 

 

Assim, não existem quebras nas fachadas.

2 – Simplicidade

Prevê o uso de recursos simples para a formação da construção. Quer dizer que, materiais como argila, pedras, cimento, madeira, ferro e areia aparecem como os preferidos da Arquitetura Orgânica.

 

Atualmente, os materiais recicláveis também fazem parte do conceito. Assim, pode-se ter o reaproveitamento de diversos itens, como um tacógrafo digital, para originar novos materiais usados na construção.

3 – Plasticidade

Diz respeito à fusão visual entre os elementos da estrutura, para impedir a diferenciação da forma e o objetivo de cada um dos espaços.

 

Ou seja, você pode confundir as pedras de uma edificação, com as próprias pedras da natureza do entorno.

4 – Integridade

Refere-se à integração das partes, como uma unidade indivisível. 

 

Assim, as janelas, paredes e seus entornos são parte da paisagem, por isso, têm a mesma importância enquanto elementos estruturais.

5 – Gramática

De forma geral, o conceito diz que todos os elementos da construção devem “falar a mesma língua” e se expressar da mesma forma.

6 – Natureza dos materiais

Muito similar ao conceito de simplicidade, Wright defendia que os arquitetos deveriam usar os materiais de maneira a evidenciar suas propriedades. 

 

Assim, uma pedra deveria permanecer como pedra na construção.

 

Além disso, a preferência deveria ser por materiais naturais, como a madeira e areia. 

 

No entanto, a Arquitetura Orgânica não impede o trabalho com artigos industrializados, incluindo os metais e o vidro.

Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.

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